Projetos em andamento

A invasão do mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei)
nos reservatórios das Usinas Hidrelétricas do Alto rio Uruguai:
efeitos colaterais e mecanismos de controle biológico

Data de início: 29/03/2018
Duração: 42 meses
Coordenador: Alex Pires de Oliveira Nuñer

A existência de impactos ambientais e operacionais provocados pela invasão do mexilhão-dourado nos reservatórios de usinas hidrelétricas é uma realidade atual. Os impactos negativos dessa invasão podem ser observados tanto na fauna nativa, na alteração do equilíbrio do ambiente com consequente comprometimento das funções e dos serviços ecossistêmicos, quanto nas unidades geradoras de usinas hidrelétricas, trazendo prejuízos econômicos. Nesse contexto, pesquisadores e empresas privadas do Brasil e do mundo têm buscado medidas de controle e erradicação do mexilhão-dourado. Métodos de controle biológico são amplamente utilizados nos sistemas agrícolas buscando diminuir o uso de químicos, e visam diminuir a população da espécie invasora abaixo do limite de dano econômico. No entanto, seu uso relacionado à geração de energia elétrica no Brasil ainda é inexistente. A identificação de um ou mais potenciais biocontroladores do mexilhão-dourado possibilitará a redefinição de ações de manejo ambientalmente compatíveis buscando contornar a problemática da presença deste invasor nos reservatórios de hidrelétricas da região.

Este projeto é desenvolvido no âmbito do Programa P&D da ENGIE BRASIL ENERGIA S.A., da ITÁ ENERGÉTICA S.A., da ENERGÉTICA BARRA GRANDE S.A., da CAMPOS NOVOS ENERGIA S.A., da FOZ DO CHAPECÓ ENERGIA S.A. regulamentado pela ANEEL.


Monitoramento da Ictiofauna dos Reservatórios
das Usinas Hidrelétricas de Itá e de Machadinho

Os estudos realizados nas áreas de influência dos reservatórios de Itá e Machadinho, na região do alto rio Uruguai (Santa Catarina/Rio Grande do Sul), se concentram na:

  • Avaliação da evolução da comunidade de peixes após a implantação dos empreendimentos, caracterizando o ciclo de vida das principais espécies de peixes; avaliação da ocorrência de ovos e larvas de peixe;
  • Manutenção de um grupo de peixes de espécies nativas ameaçadas de extinção e/ou com potencial para aproveitamento na piscicultura, para fins de manutenção da diversidade genética in vivo e à formação de um plantel destinado à reprodução;
  • Desenvolvimento de tecnologia de reprodução, larvicultura e alevinagem das espécies nativas de peixes, possibilitando a implantação de programas de repovoamento do alto rio Uruguai, caso seja necessário, e o desenvolvimento da piscicultura regional;
  • Criopreservação de amostras de sêmen das espécies nativas de peixes com populações reduzidas e/ou passíveis de uso na piscicultura, formando um banco genético in vitro e
  • Avaliação da produção pesqueira nos reservatórios.